O comportamento dos sábios e dos ignorantes
O comportamento dos sábios e dos
ignorantes
Platão, em seu livro, o banquete sugere que existem dois
estilos de vida; a vida de pessoas ignorantes que são governadas pela sorte e a
paixão, e a vida de pessoas educadas que são governadas pela virtude e
sabedoria. Sendo assim, os
ignorantes não buscam a sabedoria, pois não pensam ter deficiência ou carência
alguma, e o sábio não busca a sabedoria, porque já a possui. Já O filósofo é o que busca, tem sempre carência
de saber.
Quais
são os diferentes níveis do saber
No livro de
Christophe Rogue, Compreender Platão, 3. ed., Petrópolis: Vozes,
2007. Platão fala em
três níveis do saber: aquele que possui a ciência (são os que sabe e sabe que
sabe; este, claro, não precisa ser filósofo); aquele que não possui a ciência,
mas sabe que a ignora e então sai em busca da sabedoria (esse é um verdadeiro
filósofo); e aquele que não possui a ciência e não sabe que a ignora (pensa que
sabe mas nada sabe e não procura saber). Ou seja: ele nem sabe nem procura
saber. Há, portanto, o sábio (sabe e sabe que sabe), o ignorante filósofo (sabe
que não sabe, mas está em busca do saber) e o ignorante desinteressado (não
sabe que não sabe nem procura saber, nem se interessa por saber). É ignorante e
se recusa a ser filósofo (amante da sabedoria).
A
diferença marcante entre esses dois estilos de vida é a seguinte;
Os
ignorantes não tem nenhuma ilusão de conhecimento, acha que o conhecimento nada
decide sobre seu futuro. Os integrantes desse primeiro grupo são de pouca
leitura, não leem jornais ou livros (salvo os obrigatórios), preferem as
imagens da TV e da internet, que são mais auditivos e visuais que
contemplativos. Na maioria das vezes ela não tem a mínima noção das “coisas”
negativas que assimilou e gravou da internet e dos diversos outros meios de
comunicação.
Essas
pessoas não creem no ideal humanista e ilustrado que vê na educação (no
conhecimento) o meio de superação, de evolução e de sucesso individual assim
como a única saída para a construção de uma vida civilizada e colaborativa em
sociedade.
Esse
primeiro grupo é muito mais utilitarista que idealista. Mais suscetível ao
império da mentalidade individualista, neoliberal, da posse imediata (da
riqueza), pouco se preocupa com o caminho da verdade, do esforço intelectual,
do aprimoramento cultural contínuo, que é muito mais longo e difícil.
Já
os sábios são pessoas que acreditam no conhecimento como instrumento de
crescimento, de humanização, de civilização, de cultura. Não perdeu sua crença
na educação, como forma de integração das pessoas (na cidade, no Estado, no
mundo) e que se expressa ou se comporta segundo a moral, a razão, com senso e
equilíbrio.
Esse
segundo grupo é muito mais idealista que utilitarista. Refuta o estilo de vida
fundado no individualismo, no consumismo, não concorda com a mentalidade do
enriquecimento rápido, sobretudo quando não tem causa. Sabe que o caminho do
conhecimento é muito mais difícil, mas conta com motivação suficiente para
enfrentar os desafios.
Além de Serem críticos em
relação ao mundo que vivem, tem paciência com o processo de aprendizagem,
porque sabem que tudo é muito lento, mas indestrutível. Sabe que seu futuro
passa pela quantidade de conhecimento que se conquista. O chocante, para ele,
não é ignorar (não saber), sim, não querer aprender, não querer evoluir, não
querer avançar.
Ignorância, o mal dos séculos. Devemos incomodar-nos com a ignorância e transformá-la diariamente em sabedoria, através da procura do conhecimento construtivo.Link do podcast:
<https://anchor.fm/deivid-escobar>
Escrito por: Deivid Escobar
Referências:
Neither do the ignorant love wisdom or desire to become wise. Plato, The Banquet. Quintoevangelio, 2014. Disponível em: < https://www.quintoevangelio.com.ar/en/articles/item/174-ignorance.html >. Acesso em 24 de maio 2021.
GOMES, Luiz
Flávio. Platão (Parte III): Quais são os diferentes níveis do saber?. Jusbrasil,
2009. Disponível em:< https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1870644/o-que-estou-lendo-platao-parte-iii-quais-sao-os-diferentes-niveis-do-saber >. Acesso em: 24 de maio 2021.
Platão, em seu livro, o banquete sugere que existem dois
estilos de vida; a vida de pessoas ignorantes que são governadas pela sorte e a
paixão, e a vida de pessoas educadas que são governadas pela virtude e
sabedoria. Sendo assim, os
ignorantes não buscam a sabedoria, pois não pensam ter deficiência ou carência
alguma, e o sábio não busca a sabedoria, porque já a possui. Já O filósofo é o que busca, tem sempre carência
de saber.
Quais
são os diferentes níveis do saber
No livro de
Christophe Rogue, Compreender Platão, 3. ed., Petrópolis: Vozes,
2007. Platão fala em
três níveis do saber: aquele que possui a ciência (são os que sabe e sabe que
sabe; este, claro, não precisa ser filósofo); aquele que não possui a ciência,
mas sabe que a ignora e então sai em busca da sabedoria (esse é um verdadeiro
filósofo); e aquele que não possui a ciência e não sabe que a ignora (pensa que
sabe mas nada sabe e não procura saber). Ou seja: ele nem sabe nem procura
saber. Há, portanto, o sábio (sabe e sabe que sabe), o ignorante filósofo (sabe
que não sabe, mas está em busca do saber) e o ignorante desinteressado (não
sabe que não sabe nem procura saber, nem se interessa por saber). É ignorante e
se recusa a ser filósofo (amante da sabedoria).
A
diferença marcante entre esses dois estilos de vida é a seguinte;
Os
ignorantes não tem nenhuma ilusão de conhecimento, acha que o conhecimento nada
decide sobre seu futuro. Os integrantes desse primeiro grupo são de pouca
leitura, não leem jornais ou livros (salvo os obrigatórios), preferem as
imagens da TV e da internet, que são mais auditivos e visuais que
contemplativos. Na maioria das vezes ela não tem a mínima noção das “coisas”
negativas que assimilou e gravou da internet e dos diversos outros meios de
comunicação.
Essas
pessoas não creem no ideal humanista e ilustrado que vê na educação (no
conhecimento) o meio de superação, de evolução e de sucesso individual assim
como a única saída para a construção de uma vida civilizada e colaborativa em
sociedade.
Esse
primeiro grupo é muito mais utilitarista que idealista. Mais suscetível ao
império da mentalidade individualista, neoliberal, da posse imediata (da
riqueza), pouco se preocupa com o caminho da verdade, do esforço intelectual,
do aprimoramento cultural contínuo, que é muito mais longo e difícil.
Já
os sábios são pessoas que acreditam no conhecimento como instrumento de
crescimento, de humanização, de civilização, de cultura. Não perdeu sua crença
na educação, como forma de integração das pessoas (na cidade, no Estado, no
mundo) e que se expressa ou se comporta segundo a moral, a razão, com senso e
equilíbrio.
Esse
segundo grupo é muito mais idealista que utilitarista. Refuta o estilo de vida
fundado no individualismo, no consumismo, não concorda com a mentalidade do
enriquecimento rápido, sobretudo quando não tem causa. Sabe que o caminho do
conhecimento é muito mais difícil, mas conta com motivação suficiente para
enfrentar os desafios.
Ignorância, o mal dos séculos. Devemos incomodar-nos com a ignorância e transformá-la diariamente em sabedoria, através da procura do conhecimento construtivo.
Link do podcast:
<https://anchor.fm/deivid-escobar>
Escrito por: Deivid Escobar
Referências:
Neither do the ignorant love wisdom or desire to become wise. Plato, The Banquet. Quintoevangelio, 2014. Disponível em: < https://www.quintoevangelio.com.ar/en/articles/item/174-ignorance.html >. Acesso em 24 de maio 2021.
GOMES, Luiz Flávio. Platão (Parte III): Quais são os diferentes níveis do saber?. Jusbrasil, 2009. Disponível em:< https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1870644/o-que-estou-lendo-platao-parte-iii-quais-sao-os-diferentes-niveis-do-saber >. Acesso em: 24 de maio 2021.
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